Thursday, November 14, 2024

Explicando a área de TI

Talvez só quem trabalhe nesta área entenda realmente (e sinta!) esta piada.  Mas para aqueles que não trabalham, ela pode dar uma boa ideia de como é.

Não sei quem a escreveu - só sei que já faz muitos (e bota muitos) anos que a vi pela primeira vez, e sempre com uma imagem do Garfield:


Se mexer, é Biologia;
Se feder, é Química;
Se não funcionar, é Física;
Se ninguém entende, é Matemática;
Se não faz sentido, é Economia ou Psicologia;

Agora, se não mexe, não fede, não funciona, ninguém entende e não faz sentido, com certeza é Informática!


E, deixo aqui também a imagem associada, só pelo saudosismo mesmo:


E você, tem alguma piada legal sobre "definições"? Ou alguma imagem "saudosista" (ou memes, para os mais novos)? Compartilha aí!

Monday, October 21, 2024

Suas realizações não falam por si mesmas. Dê voz a elas!


Em setembro passado (há pouco mais de um mês), como mencionei neste post (E teve TDC São Paulo 2024! Trilha Data Science), participei do TDC São Paulo 2024. Além de co-coordenar a trilha de Data Science, também tive o prazer de compartilhar um pouquinho do que tenho estudado e aplicado na minha carreira na trilha Carreira e Mentoria.

Nesta edição, falei sobre Self-Advocacy: "Suas realizações não falam por si mesmas. Dê voz a elas!". E agora, nesta postagem, vou compartilhar um pouquinho do que falei lá para quem não teve a oportunidade de participar.


Para começar, uma reflexão...


Você completou aquele super projeto e ...?

Você tirou várias certificações técnicas no ano, completou todos os requerimentos do trabalho, entregou várias inovações e ...?

Você se esforçou, virou noite, fez horas extras e ...?

... NADA?


Será que faltou algo?

SIM! Alguém falar por suas realizações - já que elas não falam por si mesmas.

Faltou Self-Advocacy!



Compartilhando experiências...


Como ganhei meu Sansão de Pelúcia...


Quando comecei a namorar, sempre passava em frente a uma loja e soltava indiretas sobre como gostava daquele coelhinho. Só que nunca dizia claramente: "Quero que você me dê o Sansão de presente".

Algumas (várias) indiretas depois, meu namorado me disse para ser clara nos meus pedidos.

Ganhei o Sansão, mas a lição vai além de presentes: se meu namorado precisou ouvir claramente, imagine meu gerente, meu mentor, meu sponsor.


Três Certificações de carreira em um ano...

Há alguns anos, tirei no mesmo ano 3 certificações de carreira. Uma delas foi esta do The Open Group: Distinguished Technical Specialist (The Open Certified Technical Specialist (Open CTS) Certification). Também cumpri as outras metas para desenvolvimento.

Mesmo assim, minha avaliação anual de performance foi apenas "achieved" (e não "exceeded", já que obtive certificações que não estavam planejadas e duas eram no nível mais alto possível).

Isso me fez entender a necessidade de comunicar efetivamente nossas conquistas.


Com estes exemplos, já podemos pensar nos impactos...



Quais são os impactos quando nossas realizações não são reconhecidas?


Falta de reconhecimento
- nossas contribuições podem passar desapercebidas se não nos destacarmos. Isso pode limitar nosso crescimento profissional e reconhecimento por parte de colegas e superiores.

Baixa visibilidade profissional - profissionais que se destacam em auto-promoção tendem a ter mais visibilidade. Sem isso, podemos acabar ficando em segundo plano, mesmo tendo um desempenho excelente.

Desvalorização do trabalho - sem um esforço ativo para promover o valor do que fazemos, outras pessoas podem assumir o crédito pelo nosso trabalho, ou nossa contribuição pode ser subestimada.

Avaliações imprecisas - quando nossas realizações não são devidamente reconhecidas, nossas avaliações de desempenho podem não refletira a realidade do nosso trabalho; e isso levar a uma discrepância entre o que realmente fizemos e o que foi registrado, prejudicando nosso histórico profissional e futuras oportunidades de crescimento.

Oportunidades perdidas - quando não falamos sobre nossas realizações, podemos ser menos considerados para promoções, aumentos de salário ou novos projetos pois as pessoas podem não estar cientes de nossas capacidades e sucessos.

Promoções tardias ou inexistentes - a falta de reconhecimento pode atrasar ou até impedir promoções. Se nossos superiores não estão cientes de nossos feitos e contribuições, podemos ser passados por colegas que são mais visíveis ou que promovem melhor suas realizações. Isso pode causar frustração e desmotivação.

Dificuldades em negociar - Se não estamos acostumados a destacar nossas realizações, pode ser difícil apresentar argumentos convincentes ao negociar uma promoção, um aumento salarial ou até mesmo novos desafios. A autoconfiança necessária para negociações bem-sucedidas muitas vezes se baseia em um histórico de realizações bem comunicadas e reconhecidas.


Quem nunca passou por uma (ou todas) essas situações?


Vender é uma arte


Arnold Schwarzenegger compartilhou em um vídeo (Sell, Sell, Sell! Arnold Schwarzenegger on The Art of Selling) que vender é uma arte, é a única maneira das pessoas saberem sobre o que fizemos:

Most of the actors in the seventies and eighties refused to sell their movies. They said: “This is not my job. I’m an artist. I don’t sell. I’m not a sales man out there”, and all this stuff. This was my strength, because I studied to be a salesman. And so I realized then the importance of selling. That no matter what you have, if you have a podcast, if you have movie, if you have a painting, if you have a car, a technology, a medicine, whatever it is, if people don’t now about it, you have nothing. The more people that know about your product or about your talent, the more you can go and be successful. So therefore, this idea of selling, publicizing, marketing, communicating, convincing, all of those kind of things is an art.

Foto from Internet (CinemaWeb)


Então a ideia aqui é vender, e promover e vender nosso produto: nós mesmos e nossas realizações!



Autopromoção


O que é:

  • Explicar nosso valor e representar nossos interesses para os outros.
  • Comunicar nossas contribuições e necessidades.
  • Falar por nós mesmos e o que é importante para nós.

O que NÃO é:

  • Rebaixarmos os outros ou deixar que os outros sejam silenciados.
  • Sermos excessivamente ou pouco confiante.
  • Sermos inautênticos.

Mas... alguém pode estar perguntando: "Se fizermos isso, serão que não seremos vistos de forma negativa ou sofrer retaliação?"


Isso é contar vantagem?


Dizzy Dean, um ícone do beisebol americano disse uma vez: "Não é se gabar se você fez isso".

No livro "Brag! The Art of Tooting Your Own Horn without Blowing It" (traduzido como "Diga o que você fez: A arte de se autopromover sem parecer chato"), Peggy Klaus, especialista em comunicação, ensina como promover nossas habilidades e conquistas de forma eficaz e sem parecer arrogante. O livro oferece um guia prático para comunicar nossas realizações de maneira convincente, abordando situações como entrevistas de emprego, avaliações de desempenho e promoções, ajudando os leitores a se destacarem sem ofender ou alienar colegas e superiores.


Então, não! Não é contar vantagem, e há formas de fazer isso. Mas primeiro, precisamos quebrar alguns mitos e mudar algumas formas de pensar...


Forma de Pensar


Foco na Prevenção vs Foco na Promoção


Temos uma tendência natural de pensar com foco na prevenção:
  • Aprendermos a evitar o risco.
  • Evitamos nos expor de forma a evitar demissão.
  • Crescemos ouvindo que não precisamos/devemos "nos vender"
  • Deixamos a timidez dominar nossos pensamentos
  • E deixamos a baixa auto-estima nos controlar
Enquanto deveríamos pensar com foco na promoção:
  • Buscar (e assumir) riscos controlados.
  • Focar nas metas e suas realizações.
  • Focar no sucesso e na criatividade.
  • Ser auto-confiante.
  • Acreditar em nós mesmos.

O foco na promoção não é algo que acontece naturalmente. Precisamos prestar atenção e orientar o cérebro e nossos pensamentos nessa direção. É exercício constante!



Mitos e vícios em nossa forma de pensar


Não podemos assumir...


... que os outros conhecem nossas ações e realizações da mesma forma que nós (Viés Egocêntrico).

... que vemos o mundo exatamente como ele é, ou que os outros veem o mundo da mesma forma que nós (Realismo Ingênuo).

E muito cuidado com...


... o preço que pagamos quando não acreditamos em nós mesmos, em nossas capacidades, habilidades, talentos e dons (Imposto da Confiança).

... a tendência de atribuirmos nossos êxitos à sorte (aleatoriedade), ao acaso ou a um - errôneo - fato de termos enganado os outros, e não ao nosso próprio talento (Síndrome do Impostor).

... a tendência de evitar ou não receber crédito pelo nosso sucesso, mas aceitar a culpa pelos nossos fracassos (Efeito da "Modéstia Feminina" - que tem esse nome por ser mais frequentemente discutido em relação às mulheres, mas que também afeta os homens).



Mais estória...


"Certa vez, um grande amigo do poeta Olavo Bilac queria muito vender uma propriedade, de fato, um sítio que lhe dava muito trabalho e despesa. Reclamava que era um homem sem sorte, pois as suas propriedades davam-lhe muitas dores de cabeça e não valia a pena conservá-las.

Pediu então ao amigo poeta para redigir o anúncio de venda do seu sítio, pois acreditava que, se ele descrevesse a sua propriedade com palavras bonitas, seria muito fácil vendê-la.

E assim, Olavo Bilac que conhecia muito bem o sítio do amigo, redigiu o seguinte texto:

Vende-se encantadora propriedade onde cantam os pássaros, ao amanhecer, no extenso arvoredo. É cortada por cristalinas e refrescantes águas de um ribeiro. A casa, banhada pelo sol nascente, oferece a sombra tranquila das tardes na varanda.

Meses depois, o poeta encontrou o seu amigo e perguntou-lhe se tinha vendido a propriedade.

- Nem pensei mais nisso - respondeu ele. Quando li o anúncio que você escreveu, percebi a maravilha que eu possuia."


Texto extraído do site Pensador, onde há a nota: "Não se sabe a autoria do texto e se o episódio com o jornalista e poeta Olavo Bilac de fato aconteceu. O texto começou a circular na internat por vota de 2008".


Esse texto nos faz pensar sobre conhecer o que temos, do nosso produto: nós mesmos e nossas realizações!



Auto-conhecimento


Precisamos saber e conhecer nosso próprio valor antes de poder explicá-lo para os outros.


Conheça seu valor

É fundamental entender e reconhecer suas habilidades e realizações.

Faça uma autoavaliação honesta das suas competências, conquistas e pontos fortes. Faça uma lista de seus sucessos, certificações e contribuições significativas. Isso ajudará a formar uma base sólida para comunicar seu valor aos outros.

Ferramentas auxiliares: Portfólio de Carreira, Matrix SWOT (FOFA).


Descreva suas contribuições (e seja preciso/a)

Ser claro/a e específico/a sobre suas realizações é crucial.

Em vez de dizer "Contribui para o projeto X", detalhadamente exatamente o que fez: "Liderei a equipe na entrega do projeto X, que resultou em um aumento de 15% na eficiência do processo". Use dados e exemplos concretos para mostrar o impacto do seu trabalho.

Ferramentas auxiliares: 5W2H (veja aqui um posto sobre a Metodologia 5W2H e como usuá-la para documentar suas realizações).


Seja confiante (na medida certa)

Confiança é atraente e transmite segurança. No entanto, é importante equilibrar a confiança com humildade. Reconheça suas conquistas sem parecer arrogante. Demonstre que você acredita nas suas capacidades, mas também está aberto a aprender e crescer.


Saiba o valor do seu trabalho (compare, faça pesquisa no mercado)

Entenda como o seu trabalho é valorizado no mercado. Pesquise sobre salários, benefícios e expectativas para sua posição e indústria. Isso não só ajuda a negociar melhores condições, mas também reforça seu entendimento do seu valor profissional.


Prepare-se!

Conheça todos os detalhes do seu trabalho: números, resultados e impactos. Esteja ciente do que a sua audiência valoriza e adapte sua comunicação para refletir isso. Tenha objetivos claros e realistas sobre como, quando e onde falar sobre suas realizações.

A área de café da empresa pode não ser o melhor lugar para apresentar os resultados daquele super projeto que você completou. Um email pode ser mais que o suficiente para compartilhar uma nova certificação, desde que devidamente detalhado com as informações importantes.

A preparação é a chave para uma apresentação confiante e eficaz.


Palavra chave: PLANEJAMENTO!


Planejar é essencial para saber quando e como promover suas realizações. Isso inclui desde a organização das suas ideias até a estratégia de comunicação.

Tenha um plano de ação para documentar suas conquistas e depois para compartilhá-las em momentos estratégicos, como revisões de desempenho, reuniões de equipe ou redes sociais profissionais.


Algo importante:


Conte com a sorte...


... mas seja agente ativo dela


"Sorte é o que acontece quando a preparação encontra a oportunidade"

- Séneca (filósofo romano) 



E finalmente...


Não perca o foco


Comemore cada vitória e mantenha lista das suas realizações!

Pense nisso...

... você tirou uma certificação e compartilhou no LinkedIn.

Como você fez isso?

Apenas clicou na mensagem automática sugerida pela plataforma, ou escreveu um texto explicando a importância da certificação, o esforço investido, e o que espera dela?

... você está completando seu relatório de realizações para sua revisão anual de performance com seu gerente.

Como você descreve o que fez?

Apenas lista as atividades que fez, sem muitos detalhes, ou detalha cada atividade, usando 5W2H e/ou storytelling?

... você está pegando um café na empresa, e encontra o/a CIO do seu lado. 

O que você faz / fala?

Apenas um "Oi, tudo bem?", ou se apresenta, e faz seu "elevator pitch" de forma clara para poder iniciar um network com ele/a?


Dê o devido valor ao que você faz! 
E sucesso!


Saturday, October 19, 2024

Metodologia 5W2H - Estruturando projetos, documentações e realizações profissionais


A metodologia 5W2H é uma ferramenta de planejamento e análise que tem ganhado cada vez mais espaço entre os profissionais de tecnologia. Simples, mas poderosa, essa metodologia ajuda a organizar atividades, documentar processos e preparar-se para reuniões de avaliação de desempenho de forma estruturada e eficiente.

Neste artigo, compartilho como o 5W2H pode ser aplicado em 3 áreas-chave:

  • Planejamento de projetos e atividades.
  • Documentação de processos.
  • Registro de realizações profissionais.

Mas primeiro, vamos entender o que é essa metodologia...


O que é a Metodologia 5W2H?


O conceito é simples: ele se baseia em responder sete perguntas essenciais para organizar qualquer tipo de tarefa ou projeto. São elas:
  • What? (O quê?) - O que será/foi feito?
  • Why? (Por quê?) - Por que isso é/foi necessário?
  • Who? (Quem?) - Quem será/foi responsável?
  • Where? (Onde?) - Onde será/foi executado?
  • When? (Quando?) - Quando será/foi feito?
  • How? (Como?) - Como será/foi feito?
  • How much? (Quanto?) - Quanto vai custar/custou ou quais são/foram os recursos necessários?



Agora vamos ver como nós, profissionais de tecnologia, podemos usar essa metodologia para melhorar nossas rotinas de trabalho.


A) Planejamento de Projetos e Atividades

Ao planejar um projeto ou atividade, o 5W2H se destaca por fornecer uma visão completa, assegurando que nenhuma parte importante seja negligenciada. Veja como aplicá-lo em Ciência de Dados:

What?
Defina claramente o escopo do projeto.
Exemplo: "Desenvolvimento de um modelo preditivo de churn de clientes".

Why?
Justifique a necessidade do projeto.
Exemplo: "Reduzir a taxa de cancelamento de clientes em 15% ao identificar padrões que levam ao churn".

Who?
Identifique as pessoas envolvidas.
Exemplo: "Equipe de cientistas de dados, analistas de negócio, e time de marketing".

Where? 
Defina o local, plataforma, e/ou onde os dados e o modelo serão aplicados
Exemplo: "Dados coletados do CRM e ERP, com deploy na plataforma de analytics da empresa".

When?
Estabeleça o cronograma do projeto.
Exemplo: "Primeira versão do modelo preditivo será entregue em 8 semanas".

How?
Descreva as estratégias ou tecnologias a serem usadas, as técnicas e ferramentas.
Exemplo: "O modelo será desenvolvido usando algoritmos de machine learning, como Random Forest e XGBoost, implementados em Python".

How much?
Considere os custos ou recursos.
Exemplo: "Necessidade de 100 horas de trabalho e 20 servidores para o treinamento do modelo em dados históricos".

Com essa abordagem, é possível assegurar que o planejamento é claro e que todas as pessoas envolvidas saibam suas responsabilidades, cronogramas e os recursos necessários.


B) Documentação de Processos e Atividades (recorrentes)

Documentar processos de forma eficiente é crucial em ambientes de tecnologia, onde atualizações frequentes e manutenções exigem que todas as informações estejam bem registradas. O 5W2H facilita essa tarefa ao guiar a estruturação de cada aspecto. Veja como essa metodologia organiza a documentação de um processo de SAP Basis de maneira clara:

What?
O que deve ser feito durante o processo?
Exemplo: "Atualização do kernel do SAP para a última versão".

Why?
Por que isso é necessário?
Exemplo: "Para garantir a segurança do sistema e aplicar correções de performance, minimizando vulnerabilidades". 

Who?
Quem deve ser envolvido neste processo?
Exemplo: "Equipe de suporte SAP Basis e administradores de sistemas".

Where?
Onde o processo foi executado?
Exemplo: "Ambientes de desenvolvimento, ambientes de teste/qualidade e ambientes de produção das instâncias SAP".

When?
Quando a atualização deve ocorrer?
Exemplo: "O processo deve ser executado semestralmente, durante janela de manutenção programada". 

How?
Como será conduzido?
Exemplo: "Será utilizado um procedimento automatizado de aplicação do kernel via SAPCAR, seguido de testes de validação em ambientes de qualidade."

How much?
Quais são os custos e recursos envolvidos?
Exemplo: "Cada atualização exigirá aproximadamente 10 horas de trabalho da equipe, além de uma parada programada de 2 horas no sistema".

Muitas vezes, na pergunta "How?", eu também incluo neste tipo de 5W2H um passo-a-passo detalhado da atividade.

Com essas informações documentadas, outras manutenções e atualizações poderão ser realizadas facilmente, otimizando tempo e esforço da equipe.


C) Registro e Documentação de Realizações para Avaliação de Desempenho

Reuniões de avaliação de desempenho podem ser desafiadoras sem uma documentação adequada de nossas realizações. A metodologia 5W2H pode ajudar no registro das nossas conquistas de forma objetiva e organizada, facilitando a preparação para essas conversas, e garantindo que nossas realizações não sejam esquecidas ao longo do tempo (se a aplicarmos de forma contínua).

What?
O que você realizou?
Exemplo: "Desenvolvimento de um dashboard com métricas do time".

Why?
Por que essa conquista foi importante?
Exemplo: "Aumentou a visibilidade das entregas do time, permitindo gerenciar expectativas dos tempos de resposta e entregas". 

Who?
Quem foi impactado por essa realização?
Exemplo: "O time, que passou a ter maior visibilidade das suas entregas; os gerentes, que agora tem acesso imediato às atividades e métricas do time; os arquitetos de solução que podem usar desta informação para planejar melhor suas atividades e entregas".

Where?
Onde isso foi aplicado?
Exemplo: "Os dados são extraídos da ferramenta oficial de requests e publicados na intranet da empresa, na página do time". 

When?
Quando isso foi implementado?
Exemplo: "Primeira publicação do dashboard foi em março de 2024, e ele é atualizando constantemente por automação".

How?
Como você fez isso?
Exemplo: "Utilizem Excel para a consolidação e tratamento dos dados e criação do dashboard. Macros automatizam as atualizações".

How much?
Quais foram os resultados ou recursos investidos?
Exemplo: "A implementação do dashboard exigiu um investimento de 40 horas e economizou 24 horas por mês para consolidação manual dos dados e publicação das métricas.

Essas informações estruturadas ajudam a destacar nossas contribuições de maneira clara e tangível, tornando as realizações mais evidentes para gestores durante a avaliação. Além disso, facilitam a confecção de um relatório para ser submetido como parte da avaliação: basta consolidar as respostas em um texto e usar um pouquinho de "storytelling" - técnica que veremos em outra postagem.


Conclusão


O 5W2H é uma ferramenta poderosa para profissionais de tecnologia, ajudando no planejamento, na documentação e no registro de realizações. Sua simplicidade esconde uma capacidade incrível de organizar processos, garantir clareza nas comunicações e otimizar o uso de recursos. 

Adotá-la como parte de sua rotina pode não apenas melhorar a eficiência do seu trabalho, mas também aumentar sua visibilidade e reconhecimento dentro da organização.

Esse é um exemplo de como a metodologia 5W2H pode ser um diferencial para organizar melhor seu trabalho, documentar suas atividades e registrar suas conquistas, preparando você para desafios maiores e garantindo o reconhecimento de seus esforços.


Call to Action / CTA

Pronto/a para transformar seu planejamento e documentação?

Experimente a metodologia 5W2H nos seus próximos projetos e para documentar suas entregas e realizações e veja como ela pode trazer mais organização e clareza para suas atividades.

Esta é uma ferramenta que não pode faltar na nossa rotina. Compartilhe seus resultados aqui nos comentários ou entre em contato para mais dicas!


Se você quiser um template em Excel para fazer seu registro de realizações, deixe um comentário aqui que eu lhe envio o link.

Monday, September 23, 2024

E teve TDC São Paulo 2024! Trilha Data Science

E teve TDC São Paulo 2024! Parte 1 - Dia 19: Trilha Data Science

Dias 18, 19 e 20 de Setembro passados, tive a oportunidade de participar do The Developer's Conference São Paulo 2024. Foram 3 dias intensos, mas maravilhosos! 

Reencontrei amigos e colegas, fiz novos, aprendi, compartilhei conhecimento, e andei prá caramba (10.000 passos cada dia - agradecimentos ao meu relógio).


Neste post quero falar em especial, sobre o dia 19 - quando tive a oportunidade de coordenar a trilha de Data Science, junto com:

- Eliézer Zarpelão (LinkedIn), 

- Lia Yumi Morimoto (LinkedIn), e

- Nilton Kazuyuki Ueda (LinkedIn).


Depois de mais de 2 meses de trabalho, selecionar 7 palestras dentre mais de 40 submissões excelentes, escolher tema para o painel e convidar panelistas, o dia chegou. E foi além das expectativas.

E aqui, gostaria de registrar as palestras, agradecer aos palestrantes que aceitaram o convite, e documentar algumas lições que aprendi...

O dia começou com a palestra "Alfabetização em dados: o diferencial na implementação da cultura data drive", por Francieli Pinzon (LinkedIn). Nesta apresentação, Francieli ressalta a importância da alfabetização em dados, especialmente no momento atual em que cada vez nos apoiamos na IA. A jornada para/de IA começa com dados. Então é preciso desenvolver a habilidade de sermos orientados a dados, treinar, cometer erros, e aceitar começar pequeno e crescer. Pensamento crítico é mais do que nunca, essencial.

Na sequência tivemos a apresentação do Jorge Oliveira (LinkedIn), sobre "Transformando Dados em Decisões: Estratégias para Cientistas de Dados". Na sua apresentação, Jorge falou sobre a comunicação eficaz entre cientistas de dados e stakeholders, sobre entender a "dor do negócio" que estou resolvendo e sobre traduzir insights em ações. Sobre ser intencional nas ações e parecer ser intencional, ao expandir o DoD (Definition of Done) para além de apenas completar a tarefa com qualidade, mas documentar e também publicar os resultados e lições aprendidas, sempre conhecendo a audiência que consumirá estas publicações.

Depois de uma pausa para almoço, voltamos com a apresentação do Diogenes Justo (LinkedIn), sobre "Estratégia de Dados em uma empresa centenária, símbolo do Brasil no mundo - Havaianas!", um estudo de caso onde ele compartilha a experiência da Alpargatas (empresa dona da Havainas) em sua transformação para integrar a cultura organizacional e os desafios para implementar uma cultura orientada a dados.

Na sequência, tivemos um painel com tema "Novas Tendências em Data Science para 2024/2025". Neste painel, contamos com a participação de:

- Alessandra Karine Erthal, VP Microsoft (LinkedIn)

- Andre Racz, CTO Avanade (LinkedIn)

- Renata Brunelli, Diretora Loggi (LinkedIn)

- Thiago Urtaran Abbruzzese, Engineering Manager Databricks (LinkedIn).

Durante 1h, eles compartilharam seus pontos de vista e experiências respondendo e comentando sobre:

- Principais áreas de pesquisa em Ciência de Dados que terão avanço significativo nos próximos anos;

- Como os dados e sua análise estão transformando a maneira que as empresas tomam decisões estratégicas;

- Habilidades e conhecimentos que serão mais valorizados para os profissionais na área de Ciência de Dados;

Como equilibrar inovação, especialmente em Inteligência Artificial, e proteger os dados e a privacidade dos usuários? Como os profissionais e as empresas podem garantir a segurança dos dados sensíveis ao inovar e implementar novas soluções?

- Quais são os principais desafios éticos que as empresas enfrentam ao implementar soluções de Dados, e como eles podem ser mitigados? Quais estratégias e tendências para Governança de Dados, com segurança? Como a automação pode ser utilizada para melhorar a eficiência e a precisão dos processos de governança de dados?

Depois do painel e um tempo para Networking e visita aos Stands, o Eliézer (também coordenador da trilha), trouxe uma apresentação sobre "Graph Data Science - O ingrediente secreto para IA orientada a relacionamentos", falando como os grafos afetam e impactam as fases de um projeto de Ciência de Dados e Inteligência Artificial.  Interessante mencionar as possibilidades de aplicação de Graph Data Science, para citar algumas: Detecção de Fraudes, Recomendações Personalizadas, Manutenção Preditiva e Cybersegurança.

A próxima palestra, no Stadium, foi da Laís Carraro Leme Cavalheiro (LinkedIn), que apresentou sobre "O que suas interações nas redes sociais revelam sobre seus posicionamentos", falando da importância dos posicionamentos (desde estimar o resultado de uma eleição, até estudar polarizações ideológicas, até analisar a reputação de pessoas, empresas e marcas) e os desafios na detecção. Algo muito interessante para se pensar que a Laís trouxe foi uma citação de Aza Raskin, em O Dilema das Redes (2020): "Não pagamos para usar as redes sociais, mas os anunciantes pagam. Os anunciantes são os clientes. Nós somos o produto vendido". Só essa frase já vale uma boa reflexão.

De volta à sala da Trilha de Data Science, tivemos uma apresentação sobre "Mercado Financeiro e Deep Reinforcement Learning: Aplicações de Tendências de Ativos Financeiros", trazida por Guilherme Gonçalves (LinkedIn) e Felipe G S Teodoro (LinkedIn). Nesta apresentação, eles trouxeram uma possibilidade de abordagem para trabalhar predição de tendências no mercado financeiro, usando DRL (Deep Reinforcement Learning) através de algorítmos como DQN, A2C, PPO e DDPG.

E finalmente, para encerrar esta trilha (e este dia de TDC), o Diogo Cordeiro Padilha (LinkedIn) trouxe uma apresentação sobre "Pipeline de auditoria de vieses: um estudo de caso", em que, partindo do questionamento "Somos todos Ethical by Design", ele compartilhou um estudo de caso de uma startup de RH que desenvolveu uma metodologia e pipeline automático de auditoria de vieses, com foco em ética e justiça algorítmica.


E assim, terminou esta trilha...  Foi corrido? Foi! Foi cansativo? Devo dizer que sim (meus pés não me deixam mentir). Mas... Valeu a pena? Se valeu!! Conhecimento, Networking, Novos contatos, experiência, diversão - tudo em um pacote só chamado TDC!


E agora, só resta agradecer ao The Developer's Conference (LinkedIn & Site), e à Yara Mascarenhas (LinkedIn), representando todos que fizeram o TDC São Paulo 2024 acontecer, pela oportunidade e pelos ótimos momentos!

E, que venham os próximos TDCs!

PS: Não poderia deixar de registrar minha caricatura super legal criada pelo Andre Noel (LinkedIn) - onde, como boa míope que sou, estou de óculos, segurando meu iPhone na mão, toda de roupa preta (AMO!) e com o símbolo da Frota Estelar (#LLP) ;) .



Friday, June 7, 2024

A mágica por trás da imagem

Em meu último post, sobre "Uma proposta de visualização", eu apresentei uma alternativa para uma image com dados de alfabetização no Brasil, com foco nos resultados do Estado do Ceará.

Resolvi agora compartilhar "a mágica" por trás da imagem que criei.

O que usei:

  1. Dados do gráfico original;
  2. Python / Jupyter Notebook
  3. Power Point

Simples, certo?


Vamos lá no passo-a-passo:


PARTE 1: Criando o Mapa

1. Para o Python, usei o Google Colab, e me inspirei na postagem do Rodrigo Dutcosky, de 2020, sobre "Brazilian States Choropleth Map with Python".

2. Importei as libraries: 

  • Pandas
  • NumPy
  • Geopandas

3. Baixei o mapa do Brasil, em formato .gpkg, que contém uma série de layers (camadas) que permite a criação do mapa que fiz, e importei no meu notebook.

Para baixar o mapa, acesse o site do IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, e vá em "Downloads".  Nesta página vá em: cartas_e_mapas > bases_cartograficas_continuas > bcim > versao2016 > geopackage, e baixe o arquivo bcim_2016_21_11_2018.gpkg.


4. Importei o arquivo no meu notebook (e, é claro, explorei um pouquinho as informações dele).

5. Criei o dataset com os dados do mapa (Estado, Percentagem de Alfabetização e Nível) - sim, este foi criado manualmente.

6. Fiz um merge dos dados dos Estados com os dados do Mapa (o merge foi baseado na coluna "Estado").

7. Plotei o gráfico, explorando algumas opções de paletas de cores. Neste caso, testei 2: viridis e OrRd - as 2 são boas para acessibilidade, considerando pessoas com algum tipo de daltonismo. Mas achei a OrRd melhor. Brinquei também com/sem legenda. Mas como decidi montar a visualização no Power Point, deixei sem legenda.

O resultado foi este gráfico:




PARTE 2: Juntando tudo, aka, criando a imagem.

No Power Point: 

1. Criei uma aprensentação em branco.

2. Adicionei o logo do Estado do Ceará (que achei no site da SEDUC - Secretaria da Educação do Governo do Estado do Ceará, na página de Identidade Visual 2021.

3. Inseri o gráfico que criei na 1a parte.

4. Planejei as informações que eu queria na minha imagem:

  • Título (que já passasse a mensagem que eu queria que a imagem transmitisse)
  • Legenda dos Níveis, para indicar a visão geral dos Estados
  • Ressaltar o Estado do Ceará e sua marca de 85%
  • Informação geral do Brasil
  • Data e referência ao programa nacional
  • Fonte dos dados

5. Com as informações identificadas, fui "brincando" de organizá-las no espaço que eu tinha (e também com tons de cinza para dar mais ou menos ênfase no texto), até ter uma imagem equilibrada e completa.



Se você quiser ver o código para gerar este mapa, ele está disponível no meu GitHub, em "Post A mágica por trás da imagem".

Wednesday, June 5, 2024

Uma proposta de visualização...

Como parte dos meus estudos de Ciência de Dados, também estou lendo e estudando a respeito de visualização de Dados.

Ainda não me considero uma expert - aliás, longe disso! Mas gostaria de começar a compartilhar o que tenho aprendido.

Esta ideia surgiu ao ver um post da Prof. Fernanda Maciel em seu LinkedIn.  Aliás, recomendo seguir a professora - ela traz muita informação e dicas de Estatística e afins.

A postagem foi simples: 

Vamos falar sobre visualização de dados?

O que você mudaria nesse mapa? 

O mapa, na postagem da professora é esse:


Não achei a fonte deste mapa exatamente, mas achei um muito parecido no site da Secretaria da Educação do Ceará: SEDUC - Ceará lidera ranking nacional de crianças alfabetizadas na idade certa, artigo de 28 de maio de 2024.

Primeiramente, vou deixar registrado aqui meus Parabéns ao Estado do Ceará por esta conquista, e votos que os outros Estados, e o Brasil possam seguir este exemplo!

Pensando agora, na pergunta: o que eu mudaria neste mapa?

Listando os pontos que me incomodaram:

1. Muita informação no gráfico / na imagem, e informação que se quer passar não "salta aos olhos" - é necessário parar um tempo para entender tudo o que tem lá.

  • Muitos detalhes - informação de todos os Estados Brasileiros, e perdido no meio dos Estados, informação do Brasil, como país.
  • Legenda e tabela de porcentagens tem informações redundantes, e até mesmo, desnecessária
  • Cor dos Estados "sem resultados / baixa participação" se confunde com o fundo da imagem - se não conhecesse bem o mapa do Brasil, o Acre e Roraima passariam desapercebidos, recortados do mapa.
2. E, falando em cor, venho para o 2o ponto que me incomodou: a paleta de cores. Além do que já mencionei acima, itens neste tópico:
  • a paleta de cor é confusa (e muito saturada) - não sei para "o que olhar" primeiro: para o vermelho marcante do nível 2, que pinta vários Estados do Sudeste, Norte e Nordeste, ou para o preto indicador de abaixo do nível 1, para o cinza pois distoa do mapa, ou para aquele verdinho perdido lá em cima no Ceará.
  • Outro aspecto a se considerar na paleta de cores é a acessibilidade, a possibilidade de pessoas com algum aspecto de daltonismo de conseguir visualizar e entender as cores do mapa.
Neste ponto, faço uma pausa para demostrar, com o uso de um simulador online, a diferença na visualização do mapa, com alguns aspectos de daltonismo, ou Color Blindness:

A) Visão dicromática (Dichromatic view) - Red-Blind / Protanopia:


B) Visão dicromática (Dichromatic view) - Green-Blind / Deuteranopia:


C) Visão monocromática (Monochromatic view) - Monochromacy / Achromatopsia:


Há outros testes para outros tipos de visões no site (Coblis - Color Blindness Simulator), mas estas são as mais afetadas


E, finalmente:

3. Não está claro qual é a mensagem que esta imagem quer passar...  Por ter o logo do Estado do Ceará (e depois, ter achado a reportagem no site da Secretaria da Educação do Ceará) , entendi que é uma apresentação para mostrar que o Ceará atingiu essa marca de mais de 80% das crianças alfabetizadas (como explicado no site, na idade certa), e que isso é parte programa "Compromisso Nacional Criança Alfabetizada".


Com esses pontos em mente, resolvi "brincar" um pouco, e refazer essa imagem:


O que fiz:
- retirei da imagem as informações dos outros Estados, já que o foco é o sucesso do Ceará.
- modifiquei a chamada da imagem, para deixar clara a informação que ela quer passar logo no início.
- diminui o tamanho da legenda das cores (e ajustei os intervalos de porcentagem).
- usei somente uma palheta de cores, com os tons mais fracos indicando os níveis menores, e os tons mais fortes, os níveis maiores. Deixei os Estados sem informação com uma cor de palheta diferente, mas ainda diferente do fundo da imagem (cinza).

Pessoalmente, gostei do resultado das minhas modificações.

E você o que achou? Outros pontos de atenção? Outras modificações para melhorar a visualização e acessibilidade?

Wednesday, March 25, 2020

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